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domingo, 8 de agosto de 2010

Nossa Sociedade é Normal?



Paradoxo do Nosso Tempo



George Carlin






Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde,


acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e raramente estamos com Deus.


Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.

Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.


Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.


Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.


Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.


Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.


Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.


Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.


Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.


Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.


Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.


Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.


Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.

Nota: George Denis Patrick Carlin (Nova Iorque, 12 de maio de 1937 — 22 de junho de 2008) foi um comediante, ator e autor norte-americano, pioneiro, com Lenny Bruce, no humor de crítica social. A sua mais polémica rotina chamava-se "Sete Palavras que não se podem dizer em Televisão", o que lhe causou, durante os anos setenta, vários dissabores, acabando preso em inúmeras vezes que levou o texto a palco.

5 comentários:

  1. Psicóloga x Cazuza

    Uma psicóloga que assistiu o filme Cazuza escreveu o seguinte texto:

    'Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora. As pessoas estão cultivando ídolos errados.

    Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza? Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível.

    Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos eu) com conceitos de certo e errado . No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta.

    São esses pais que devemos ter como exemplo?
    Cazuza só começou a gravar pois o pai era diretor de uma grande gravadora. Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou por não terem algum conhecido importante.

    Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro, admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra, um verdadeiro criminoso. Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não.

    Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz, principalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou.

    Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria?

    Como ensina o comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor.

    Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi consequência da educação errônea a que foi submetido .

    Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissesem NÃO quando necessário?

    Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor.

    Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar. Não se preocupem em ser amigo de seus filhos. Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi a pessoa que mais os amou e foi, é, e sempre será, o seu melhor amigo , pois amigo não diz SIM sempre.'

    Karla Christine
    Psicóloga Clínica

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  2. “Um dia, vieram e levaram meu vizinho, que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei.

    No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho, que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei.

    No terceiro dia, vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei.

    No quarto dia, vieram e me levaram. Já não havia mais ninguém para reclamar.”

    (Martin Niemöller)

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  3. Pulseiras do sexo: brincadeira ou crime hediondo?

    O jogo sexual da moda se chama "Snap". Veio da Inglaterra. Entre adultos (que atuam com consciência, vontade e liberdade) pode até ser divertido. Quando envolve menor de 14 anos entra em campo o Direito penal (foi isso que ocorreu em Londrina), porque no Brasil está proibido qualquer tipo de sexo com pessoas menores de catorze anos.

    A cor de cada pulseira (de silicone) determina o ato libidinoso (o ato sexual) que vai ser praticado. Tudo depende de qual pulseira você consegue arrancar da parceira do jogo.

    As cores e os seus significados são os seguintes: amarela: abraço; rosa: mostrar o peito; laranja: dentadinha de amor; roxa: beijo com a língua; vermelha: dança erótica; verde: sexo oral praticado pelo rapaz; branca: a menina escolhe o ato; azul: menina faz sexo oral; preta: sexo com quem arrebatou a pulseira; dourada: tudo é possível (Fonte: Vitor Ferri – Rede Gazeta).

    O "jogo do amor" (melhor seria dizer "o jogo da libido") não pode passar de uma brincadeira, entre adultos, livres e conscientes. Cuidado (ligue seu sinal amarelo): está proibido o envolvimento de menor de catorze anos assim como a violência ou a grave ameaça. O jogo foi inventado (aparentemente) pelo sexo masculino. Mas note-se que as pulseiras devem ser usadas pelas "meninas". O jogo existe para satisfazer, em princípio, a libido de ambos. Mas por detrás dele, em razão do arrebatamento da pulseira, pode haver um misto de fraude ou de violência e é isso que deve ser evitado (para não se chegar em problemas penais).

    A brincadeira entre adultos faz parte do mundo divertido do sexo. Ocorre que, em Londrina, o jogo envolveu uma garota de 13 anos e isso significa ato sexual com pessoa vulnerável (que é crime hediondo). A Justiça de Londrina proibiu o uso e a venda das pulseiras, para menores, na localidade. A notícia chama a atenção e remete à reflexão conjunta com outra medida que vem sendo constantemente adotada por juízos de primeira instância: o toque de recolher.

    A nosso ver, ambas as medidas (a proibição do uso e da venda das pulseiras do sexo quando se trata de menores e a imposição de que eles estejam acompanhados dos seus responsáveis após determinado horário em lugares públicos), desde que bem delimitadas e bem definidas (sem que haja excesso ou abuso), são compatíveis com o sistema de medidas protetivas que integram a política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente, previstas pelo ECA. Essas medidas podem concretamente diminuir os alarmantes índices de envolvimento de menores na prática de infrações penais no país.

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  4. PARTE FINAL:

    O CNJ, após várias manifestações, em novembro do ano passado, decidiu não tomar conhecimento das portarias emitidas pelos juízes que limitavam o horário de crianças e adolescentes na rua. De acordo com o ministro Ives Gandra Martins Filho não cabe ao CNJ atuar diretamente na matéria, mas apenas estabelecer parâmetros gerais que sirvam para que cada Tribunal de Justiça verifique se o juiz está resolvendo um problema específico. Na oportunidade, o mesmo Ministro ressaltou que a medida é salutar, mas que dependia da colaboração de todos para seu efetivo sucesso.

    Assim também pensamos com relação ao uso das "pulseiras do sexo". A sexualidade é tema multidisciplinar, mas o Estado não deixou de impor certos parâmetros, tais como a delimitação da idade de 14 anos para fixar a vulnerabilidade sexual de uma pessoa. A lei 12.015/09 incluiu no Código Penal o artigo 217-A, que prevê o estupro de vulnerável (ter conjunção carnal ou praticar ato libidinoso com menor de 14 anos).

    Da mesma forma como o toque de recolher, a despeito de ser medida salutar, depende da colaboração popular. A conscientização dos menores quanto ao uso das pulseiras também deve ser objeto de condutas e iniciativas articuladas da sociedade, tendo em vista que elas sugerem a adesão a um jogo de cunho sexual e muitos jovens não estão suficientemente preparados para discernir o risco que uma brincadeira dessas pode implicar. Tanto assim que no episódio ocorrido em Londrina constatou-se a prática de crime hediondo (ato sexual com pessoa vulnerável) envolvendo vários rapazes (alguns menores de idade).

    Conclusão: o que aparentemente é um "jogo divertido" pode se transformar em delito classificado como hediondo (estupro ou ato sexual com pessoa vulnerável). Da diversão para a cadeia estamos a um passo. E é bom recordar que na cadeia os que (fora) arrebatam pulseiras passam a ser os usuários delas. No mundo desumano e cruel dos presídios, de outro lado, só vale a cor dourada (tudo é imposto). Disso tudo é que todos devem ter consciência. Evitando-se todas as implicações penais acima recordadas, escolha a sua cor predileta e avante!

    Luiz Flávio Gomes
    Doutor em Direito Penal pela Faculdade de Direito da Universidade Complutense de Madri, mestre em Direito Penal pela USP, secretário-geral do Instituto Panamericano de Política Criminal (IPAN), consultor, parecerista, fundador e presidente da Cursos Luiz Flávio Gomes (LFG) - primeira rede de ensino telepresencial do Brasil e da América Latina, líder mundial em cursos preparatórios telepresenciais

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  5. BULLYING ??????

    Estudo associa bullying na infância a sérios problemas psiquiátricos futuros

    18 de novembro de 2009 (Bibliomed). Bullying é o uso do poder ou da força para intimidar ou perseguir os outros na escola (school place bullying) ou no trabalho (work place bullying). As vítimas dessa intimidação repetida e recorrente são normalmente pessoas que, sem defesas, são incapazes de motivar outras para agir em seu apoio. Um estudo recentemente publicado na revista científica Archives of General Psychiatry indica que as crianças que apresentam frequentemente comportamento de bullying devem ser avaliadas para possíveis transtornos psiquiátricos, visto que esse comportamento associado a sintomas psiquiátricos é marcador precoce do risco de uma evolução psiquiátrica.

    Não existe até o momento nenhum estudo populacional que examine a associação entre o bullying na infância e a saúde mental futura destas crianças. Buscando examinar essa relação, pesquisadores de diversos centros nórdicos de psiquiatria infantil avaliaram as associações entre o bullying e a vitimização, o tratamento em hospital psiquiátrico e o uso de psicofármacos. O estudo acompanhou, até a idade de 24 anos, 5.038 crianças finlandesas nascidas em 1981 com informação sobre bullying e vitimização aos oito anos.

    As análises indicaram que o estado de vítima aos oito anos entre as meninas seria um preditor independente de tratamento em hospital psiquiátrico e uso de antipsicóticos, antidepressivos e ansiolíticos. Entre os homens, os estados de vítima-bullying ou apenas de bullying foram preditores do uso de drogas antidepressivas e ansiolíticas.

    Um estado frequente de vitimização-bullying entre os meninos também foi preditor da necessidade de tratamento em hospital psiquiátrico e uso de antipsicóticos. Entretanto, quando a análise foi ajusta pelo escore total de psicopatologia aos oito anos, os estados frequentes de vitimização, bullying ou vítima-bullying não foram preditores de qualquer evolução psiquiátrica entre os homens.

    A conclusão do estudo foi que "meninos e meninas que apresentam comportamento de bullying frequente deveriam ser avaliados para possíveis transtornos psiquiátricos, visto que o comportamento de bullying associado a sintomas psiquiátricos são marcadores precoces do risco de uma evolução psiquiátrica". Segundo os autores, entre as meninas, a vitimização na infância foi um preditor de transtornos psiquiátricos tardios independentemente de problemas psiquiátricos basais.

    A pesquisa foi publicada na revista Archives of General Psychiatry.

    Fonte: Arch Gen Psychiatry. Volume 66, Number 9, Sep 2009. Pages 1005-1012

    Copyright © 2009 Bibliomed, Inc.

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