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27/03/2011 - 02h31


Palcos paulistanos recebem festivais infantis em abril

JULIANA SAYURI

DE SÃO PAULO

No primeiro fim de semana de abril, três festivais dão início a uma temporada de teatro infantil, somando 47 apresentações, 30 espetáculos, 28 companhias e cinco casas.

Estreia na sexta-feira (1º/4) a Mostra do 18º Prêmio Femsa de Teatro Infantil e Jovem, que traz as quatro peças finalistas na premiação, com as trupes Circo de Bonecos, Grupo Barata Albina, Banda Mirim e Cia Paideia.

No sábado (2/4), na abertura do 2º Festival Centro da Terra para Crianças, a casa apresenta "O Ilha do Tesouro", da Kompanhia do Centro da Terra. Sob a curadoria de Luiza Jorge, o festival conta ainda com a participação das cias. Pia Fraus, Circo de Bonecos, Maracujá Laboratório de Artes, As Meninas do Conto e Le Plat du Jour.

As Meninas do Conto e Le Plat Du Jour também estão em cartaz no teatro Ressurreição, que é palco para 20 espetáculos no 2º Festival de Teatro Infantil em São Paulo, idealizado por Robson Vellado e Grupo Permanente de Pesquisa. Também a partir de sábado, o encontro reúne os coletivos Cia. O Quê De Quê, Circo Navegador, Conto em Cantos, Furunfunfum, Laço de Abraço, Luz e Ribalta, Noz de Teatro, Pasárgada, Pic Nic, Prosa dos Ventos, Provisório-Definitivo, Realce, Teatro da Gioconda, Teatro Por Um Triz, Trapiche, Mariza Basso Teatro de Formas Animadas, Núcleo Educatho e República Ativa de Teatro.

Confira a programação completa dos três festivais:

Mostra do 18º Prêmio Femsa de Teatro Infantil e Jovem

Entre os dias 1º e 10 de abril, os quatro espetáculos concorrentes ao 18º Prêmio Femsa de Teatro Infantil e Jovem terão apresentações gratuitas em três casas paulistanas: teatros Cacilda Becker, João Caetano e Paulo Eiró. Realizada pela Coca-Cola Femsa em parceria com as secretarias de Cultura e Educação da cidade de São Paulo, a mostra amplia os horizontes e leva as peças estreladas aos CEUs, com montagens fechadas aos alunos. As sessões abertas ao público acontecem aos sábados e domingos, às 16h.

Sábado (2) e domingo (3)

16h - "Quem Tem Medo de Curupira?" (Grupo Barata Albina)

O músico Zeca Baleiro assina o texto da peça dirigida por Débora Dubois. A história retrata a aventura de personagens do folclore na metrópole.

Teatro João Caetano - r. Borges Lagoa, 650, Vila Clementino, zona sul, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/5573-3774. Grátis. Ingressos distribuídos uma hora antes. 438 lugares. 60 min. A partir de 10 anos.

16h - "Circo de Pulgas" (Cia. Circo de Bonecos)

Dois amigos encaram o desafio de fazer um circo de pulgas de verdade. A dupla treina uma pulga em trampolins, trapézios e outros atrativos típicos de circo. Indicação do Guia: a partir de 3 anos.

Teatro Paulo Eiró - av. Adolfo Pinheiro, 765, Santo Amaro, zona sul, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/5546-0449. Grátis. Ingressos distribuídos uma hora antes. 600 lugares. 60 min. Recomendado a partir de 3 anos.

Sábado (9) e domingo (10)

16h - "Espoleta" (Banda Mirim)

O servidor promete ao patrão uma apresentação de ópera no castelo, mas decide trazer o espetáculo de uma trupe de teatro e circo. O mix entre música clássica, universo circense e cultura popular.

Teatro João Caetano - r. Borges Lagoa, 650, Vila Clementino, zona sul, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/5573-3774. Grátis. Ingressos distribuídos uma hora antes. 438 lugares. 70 min. A partir de 7 anos.

16h - "Na Arca às Oito" (Cia. Paideia)

Inspirada na história bíblica da Arca de Noé, a peça mostra a amizade entre três pinguins na Antártida. Curiosos, eles discutem a existência de Deus.

Teatro Cacilda Becker - r. Tito, 295, Lapa, zona oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/3864-4513. Grátis. Ingressos distribuídos uma hora antes. 212 lugares. 50 min. Recomendado a partir de 4 anos.

Sábado (9)

16h - "Circo de Pulgas" (Cia. Circo de Bonecos)

Dois amigos encaram o desafio de fazer um circo de pulgas de verdade. A dupla treina uma pulga em trampolins, trapézios e outros atrativos típicos de circo. Indicação do Guia: a partir de 3 anos.

Teatro Paulo Eiró - av. Adolfo Pinheiro, 765, Santo Amaro, zona sul, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/5546-0449. Grátis. Ingressos distribuídos uma hora antes. 600 lugares. 60 min. Recomendado a partir de 3 anos.

2º Festival Centro da Terra para Crianças

Entre os dias 2 de abril e 1º de maio, o Teatro do Centro da Terra abre suas portas para 18 apresentações de seis espetáculos. Antes, oficinas de artes inspiradas nos enredos das montagens serão ministradas pela escola de artes Grão do Centro da Terra, sob a coordenação de Lucília Helena Franzini, Maria Cecília Franzini e Paula Antunes Ruggiero. A entrada é franca, mas os ingressos devem ser retirados na bilheteria a partir das 14h, no dia da apresentação. Destinada a crianças de 3 a 12 anos, o line-up conta com seis respeitáveis companhias paulistanas. Entre elas, destaque para a cia. Circo de Bonecos, que está em cartaz na casa com o espetáculo "Circus - A Nova Torunée" até 1º de maio.

Teatro do Centro da Terra - r. Piracuama, 19, Vila Pompeia, zona oeste, São Paulo, SP. Tel.: 0xx/11/3675-1595. Grátis. Ingressos distribuídos duas horas antes. 81 lugares. Mais informações pelo site www.centrodaterra.com.br.

Sábado (2) e domingo (3)

16h - "O Ilha do Tesouro" (Kompanhia do Centro da Terra)

Durante a peça, as crianças se envolvem com o cenário para fugir do inimigo, achar um tesouro e enfrentar piratas. Depois das aventuras, elas encontram uma surpresa. A peça de Ricardo Karman recebeu os prêmios APCA (Melhor Direção) e Femsa (Melhor Produção). Indicação do Guia: a partir de 5 anos. 105 min.

Sábado (9) e domingo (10)

16h - "Filhotes da Amazônia" (Cia. Pia Fraus)

Os indiozinhos descobrem diversas lendas e contos sobre o mundo, em três dimensões: o ar, os rios e a terra. Ana Elisa, Cristiano Bacelar e Fabio Caniatto dialogam com o cenário e os bonecos confeccionados pelo Maracujá Laboratório de Artes. A montagem já rendeu o troféu na categoria especial do Prêmio Femsa de Teatro Infantil e Jovem. 50 min. Recomendado a partir de 3 anos.

Sábado (16) e domingo (17)

16h - "João e Maria" (Cia. Le Plat Du Jour)

A história dos irmãos perdidos na floresta é contada com mímica, dança e clown. As simpáticas Bicudinha e Bicudona narram a história dos irmãos J.M. e M.J. A montagem foi a vencedora do Prêmio Femsa de Teatro Infantil e Jovem de 2008 de melhor cenário. Indicação do Guia: a partir de 3 anos. 55 min. Recomendado a partir de 3 anos.

Sábado (23) e domingo (24)

16h - "Buuu! A Casa do Bichão" (Cia. As Meninas do Conto)

Três narradoras contam a história de Caio, um rapaz que se aventura pelo mundo até encontrar uma casa esquisita, que parece mal-assombrada. O espetáculo recebeu o Prêmio APCA de Melhor Espetáculo Infantil de 2009. 50 min. Recomendado a partir de 5 anos.

Sábado (30) e domingo (1º/5)

16h - "Rabisco - Um Cachorro Perfeito" (Maracujá Laboratório de Artes)

A história poetiza questões existenciais com o cão Rabisco, que não é aceito pelas pessoas por estar fora dos padrões. A peça recebeu três indicações ao Prêmio Femsa de Teatro Infantil e Jovem de 2010. 50 min. Recomendado a partir de 3 anos.

Especial: em cartaz: de 9 de abril a 1º de maio.

18h - "Circus - A Nova Tournée" (Cia Circo de Bonecos).

Com roteiro, criação e direção de Claudio Saltini, o espetáculo recria o universo circense com bonecos, saltimbancos, minhocas trapezistas, ovos equilibristas e fantoches. Neste picadeiro, a palavra é substituída pelo gesto do clown. "Circus" venceu o Prêmio APCA de 2000, como melhor espetáculo de animação. 50 min. Recomendado a partir de 4 anos.

2º Festival de Teatro Infantil em São Paulo

Para Robson Vellado, a proposta do festival é valorizar o teatro infantil e consolidar uma plateia mirim na cidade. Com sessões marcadas para os sábados, domingos e feriados às 16h, o evento se estende até o fim de maio.

Teatro Ressurreição - r. dos Jornalistas, 123, Jabaquara, zona sul, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/5016-1787. R$ 15 (estudantes e aposentados) e R$ 30. Ingr. pelo tel. 4003-2330 ou pelo site www.festivalteatro.com.br. 385 lugares.

Sábado (2)

16h - "Rapunzel" (Cia Furunfunfum)

Dois músicos-atores contam a história da princesa aprisionada na torre. Com bonecos e música ao vivo, a montagem privilegia a improvisação e a irreverência. O espetáculo foi adaptado para a TV Rá-Tim-Bum em 2006. 50 min. Recomendado a partir de 4 anos.

Domingo (3)

16h - "Panos e Lendas" (Cia. Pic Nic)

A concepção do espetáculo foi baseada na montagem anterior de Vladimir Capella. Atores/cabides brincam e transformam panos em cenários, figurinos e adereços, com mestres de cerimônia e contadores de histórias. 60 min. Livre.

Sábado (9)

16h - "On Co Tô? Quem Co Sô? Prom Co Vô?" (Circo Navegador)

Os palhaços Surubim e Salsicha brincam com uma "engenhoca palhacística" e uma "bancicleta", provocando as tradicionais trapalhadas e confusões circenses. 55 min. Livre.

Domingo (10)

16h - "Blume-Zoof - O Hospital de Brinquedos" (Teatro da Gioconda)

O livro "Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação" de Walter Benjamin foi a inspiração para a peça, que conta a história de um hospital de brinquedos. 55 min. Recomendado a partir de 4 anos.

Sábado (16)

16h - "Minha Mais Que Amiga Árvore" (Cia. Laço de Abraço)

Berê e Pato são amigos e vizinhos que passam as tardes se divertindo sob a copa de uma linda mangueira. Mas a vizinhança começa a se incomodar com suas raízes e decidem cortá-la. 60 min. Livre.

Domingo (17)

16h - "Marcelo, Marmelo, Martelo" (Grupo Trapiche)

A cia. Trapiche traz um cenário funcional e lúdico, instigando a imaginação das crianças. Na peça, Marcelo questiona o nome das coisas e inventa nomes diferentes para batizar o mundo ao seu redor. 50 min. Livre.

Quinta (21)

16h - "O Mágico de Oz" (Cia Realce)

Dorinha parte para uma viagem de sonhos. Para encontrar o caminho de volta para casa, sai à procura do Mágico de Oz, encontrando um Espantalho, um Homem de lata e um Leão, que se tornam seus amigos. 60 min. Livre.

Sexta (22)

16h - "Cadê Meu Nariz?" (Cia. O Quê de Quê)

Um palhaço demitido do circo tem o seu nariz vermelho roubado e recebe a ajuda de uma menina em sua busca. No caminho, eles encontram diversos personagens do universo circense. 50 min. Livre.

Sábado (23)

16h - "Pelos Ares" (Cia. Provisório-Definitivo)

Com projeções de vídeo ao vivo e outros artifícios cênicos, a cia. conta a história do menino Thomas Máximo, que queria voar. 55 min. Recomendado a partir de 5 anos.

Domingo (24)

16h - "A Nova Roupa do Rei" (Núcleo Educatho)

O Rei e sua corte confundem dois estrangeiros com alfaiates e os contratam para criar a mais bela roupa real. 60 min. Recomendado a partir de 4 anos.

Sábado (30)

16h - "Circo dos Objetos" (Mariza Basso Teatro de Formas Animadas)

Um balde e um snorkel compõem o apresentador! Um espanador e uma roldana foram a equilibrista. Os palhaços nascem a partir de um penico e um tapete. Na peça, os objetos estimulam o imaginário do público. 60 min. Livre.

Domingo (1º/5)

16h - "O Macaco Juiz" (Cia. Luz e Ribalta)

Na floresta, o senhor Lobo encontra um queijo, mas precisa disputá-lo com a dona Raposa. O Macaco, juiz da floresta, precisa decidir com quem fica o pedacinho de comida. 45 min. Recomendado a partir de 4 anos.

Sábado (7/5)

16h - "Cinderela, Bela Magrela" (Cia. Prosa dos Ventos)

A cia. Prosa dos Ventos remonta a clássica história de Cinderela com humor e um toque de cultura popular brasileira. 50 min. Livre.

Domingo (8/5)

16h - "O Cavalinho Azul" (Cia. República Ativa de Teatro)

Inspirada na fábula de Maria Clara Machado, a peça conta a história do menino Vicente, um garoto apaixonado por um pangaré, que acredita ser um belo cavalo azul. 60 min. Recomendado a partir de 2 anos.

Sábado (14/5)

16h - "Oras Bolas" (Cia. Noz de Teatro, Dança e Animação)

Dança, música, artes plásticas e animação de objetos entram na peça, com bolas de todos os tipos. O Menino Quadradinho e a Menina Triângulo brincam com as formas geométricas. 60 min. Livre.

Domingo (15/5)

16h - "Amazônia Adentro" (Cia. Conto em Cantos)

Duas vizinhas ribeirinhas viajam de canoa a Parintins, para participar da Festa do Boi. Na travessia, elas cruzam a trajetória mítica das lendas amazônicas. 60 min. Recomendado a partir de 4 anos.

Sábado (21/5)

16h - "Peixe Vivo" (Grupo Pasárgada)

O universo caipira é simbolizado por causos e cantigas e cantigas típicas do interior. Como pano de fundo, a peça conta com histórias de pescador e cultura popular brasileira. 70 min. Livre.

Domingo (22/5)

16h - "Por Que o Mar Tanto Chora" (Cia. As Meninas do Conto)

As Meninas do Conto trazem uma versão abrasileirada da Cinderela, estrelada pela menina Maria, que nasce com uma cobra enrolada no pescoço. 60 min. Livre.

Sábado (28/5)

16h - "Pinóquio Etc. e Tal" (Teatro Por Um Triz)

Quatro marceneiros lembram a clássica história do boneco de madeira, feito pelo carpinteiro Gepeto. Máscaras, teatro de objetos e bunraku compõem o estilo da montagem. 50 min. Livre.

Domingo (29/5)

16h - "Chapeuzinho Vermelho" (Cia. Le Plat Du Jour)

Em uma viagem de brincadeiras entre a mímica e o lúdico nonsense, a história é contada pelas atrizes-palhaças Renata Bruel e Renata Maia, que se revezam nos personagens. A menina Chapeuzinho Vermelho, o Lobo Mau, o Caçador, a Mãe e a Vó são definidos a partir dos chapéus. 50 min. Recomendado a partir de 2 anos.

http://tools.folha.com.br/print?site=emcimadahora&url=http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/892911-palcos-paulistanos-recebem-festivais-infantis-em-abril.shtml


Vegetarianismo infantil sem riscos


Para adotar dieta vegetariana com seus filhos, informação e substituição são as palavras-chave

Tatiana Gerasimenko, especial para o iG São Paulo
13/04/2011 15:57

Karol Souto tinha apenas 10 anos quando foi a uma avícola comprar frango a pedido da mãe. Ingênua, escolheu a ave como quem estivesse escolhendo um bichinho de estimação. Apontou o dedo para o animal sem se dar conta de que, após alguns minutos, estaria recebendo o corpo e os órgãos em uma sacola. “Naquela hora caiu a ficha: carne é bicho. Achei tétrico”, conta a vocalista da banda Mercenários do Rock. “Eu era o algoz, escolhi o bicho que iria morrer”. Desde então, ela passou a restringir o consumo de carne como pôde, até finalmente trabalhar e passar a comprar a própria comida. Quando a primeira de suas duas filhas nasceu, Karol prontamente avisou a pediatra que carne estaria fora da dieta.


Muitos médicos seriam contrários a decisões como esta, mas não foi o caso da pediatra. Diante da opção da mãe, ela passou a pesquisar o assunto a fundo. Acompanhamentos mensais, avaliação de neurologistas e hemogramas foram requeridos para acompanhar de perto o possível impacto de uma dieta ovolactovegetariana – sem carne, mas com ovos e leite – na saúde da criança. Hoje, sete anos depois e com uma irmã de quase dois anos também vegetariana, a menina é saudável e livre para comer carne se desejar. “Ela às vezes come um cachorro-quente na escola”, admite Karol, que exibe tatuado no corpo o símbolo do vegetarianismo. Mas explica a filosofia da casa: “Sou contra todo tipo de escravidão, vício e preconceito. Aqui, todo mundo é livre”.


Proteínas e crescimento

O médico Eric Slywitch, especialista em Nutrologia e autor do livro “Alimentação sem Carne – Guia Prático” (Editora Alaude), lembra que alguma fonte proteica de origem animal é necessária na dieta das crianças até um ano de idade, pois o bebê tem dificuldade de produzir um aminoácido – a taurina, presente no próprio leite materno e nas fórmulas infantis elaboradas para substituir o leite da mãe. Depois, pais vegetarianos devem seguir recomendações específicas para a criança vegetariana. Para ele, a retirada da carne só traz problemas quando a substituição por outros alimentos é inadequada: “Pais devem buscar orientações com profissionais que conhecem as substituições corretas e sabem avaliar de forma objetiva o estado nutricional do bebê”, explica ele, que se tornou vegetariano em 1992.

A nutricionista especializada em pediatria Giovana Longo Silva, da Unifesp, afirma que um dos problemas associados à dieta vegetariana na infância é a deficiência de ferro. “A suplementação acaba sendo necessária no vegetarianismo, mas a mãe precisa procurar um médico para isso”. Segundo ela, o suplemento deve ser utilizado em apenas último caso, pois existem alimentos capazes de suprir estas necessidades (leia um guia breve da substituição de alimentos). Muitas vezes a deficiência não é visível e só exames laboratoriais podem apontar alterações no sangue. “Todos os riscos nutricionais numa dieta vegetariana são conhecidos e há ferramentas objetivas para monitorar isso”, pondera Eric. “Havendo alguma deficiência, também há formas simples de corrigi-la sem a criança ter de comer carne”.

Mas nem todos pensam assim. “Uma dieta estritamente vegetariana é incompatível com as necessidades de crescimento e desenvolvimento da criança”, afirma o pediatra Francisco Lembo Neto, do Hospital Samaritano de São Paulo. “Crianças não são 'adultos pequenos' e o tamanho do estômago, embora menor, tem maiores necessidades nutricionais”, explica. Por este motivo a dieta ovolactovegetariana, menos restritiva, seria menos prejudicial, embora deva ser orientada por um nutricionista. Para Francisco, a criança precisa receber carne vermelha e a restrição da mesma pode levar a retardo no crescimento e desenvolvimento da criança, alterações funcionais graves de vários órgãos, deficiência imunológica e anemia, entre outros problemas.

“É uma irresponsabilidade submeter uma criança a uma dieta 'veggy' (veganista, que não aceita qualquer alimento de origem animal), pois trata-se de uma dieta incompatível com as necessidades de qualquer pessoa em desenvolvimento”. Foi o caso do casal de franceses que, no fim do mês passado, foi acusado de homicídio após a morte por desnutrição da filha, de 11 meses, alimentada apenas com leite materno.

A nutricionista Mariana Marchetti é vegetariana e seu filho, de seis anos, é ovolactovegetariano. Para ela, uma dieta vegetariana bem planejada é completamente segura em todas as fases da vida, basta apenas informação sobre o assunto com a ajuda de profissionais especializados. “É preciso substituir alimentos e fornecer todos os nutrientes necessários para se ter uma boa saúde, não apenas excluir certos alimentos”. Os principais nutrientes que devem ser balanceados, neste caso, são os minerais como o ferro, o cálcio, zinco, gorduras do tipo ômega 3 e vitamina B12. “Ser vegetariano é bem simples, basta informação”, explica.


Karol é contra os suplementos e diversifica muito o cardápio em casa. “Não precisamos viver à base de remédios, é só achar um meio natural de não agredir nenhum ser”, comenta. “Aqui em casa, eu faço questão de fazer a comida. É a minha magia, é o que eu dou de melhor para a minha família”. Entre as opções para enriquecer a alimentação, ela conta com arroz preto, todos os tipos de feijões, frutas e verduras. Está sempre inventando uma receita diferente, fugindo da vida baseada em macarrão. “Tudo na minha casa é orgânico, compro ovos totalmente livres de hormônios”. Desta forma, ela atende ao que Eric Slywitch recomenda: a escolha certa dos alimentos e a forma como são preparados.

Substituição de alimentos

Há diferentes tipos de dieta vegetariana. A ovolactovegetariana é composta por alimentos de origem vegetal, ovos, leite e derivados. A lactovegetariana aceita apenas leite e derivados, mas exclui os ovos. O ovovegetarianismo restringe o consumo de produtos lácteos e o vegetarianismo estrito exclui todos os produtos de origem animal, até mesmo o mel. Cada linha deve ser seguida com cuidado e há nutrientes específicos que devem ser substituídos de forma adequada.

Proteínas

A carência de proteínas pode afetar o desenvolvimento e crescimento da criança. “Ao retirar as carnes, inclua feijões, ervilha, lentinha, grão-de-bico e tofu”, explica Eric Slywitch, autor do livro “Alimentação sem Carne – Guia Prático” (Editora Alaude). “Quando substituímos as carnes por feijões, a proteína permanece três vezes mais elevada que a necessidade. E os aminoácidos (lisina, metionina e cisteína), cinco vezes mais elevados”. Se a criança não come ovo, o consumo de arroz integral e leguminosas deve ser mais alto em todas as refeições.

Ferro

A carência de ferro pode afetar a disposição e o desenvolvimento cognitivo. Para compensar a menor biodisponibilidade do ferro vegetal, Eric Slywitch recomenda escolher alimentos com o dobro do ferro das carnes. “Em 75 gramas de feijão, o que equivale a menos de meia xícara do grão cru, temos 4,8 mg de ferro, que substitui a carne bovina”, explica. O frango poderia ser substituído pode apenas 25 gramas de feijão, o equivalente a 1/8 de xícara de grão cru. Mariana Marchetti explica que o consumo do ferro vegetal requer cuidados especiais. O ideal, além de contar sempre com o feijão e verduras verde-escuras, é ingeri-los ao lado de uma fonte de vitamina C – como o limão, laranja, abacaxi – para melhorar a absorção do mineral, e nunca com leite, chá ou café.

Zinco

Falta de zinco no organismo pode afetar o crescimento e o estado imunológico do indivíduo. Por isso, crianças vegetarianas devem consumir muito gergelim, gérmen de trigo ou soja. Para melhorar a absorção do zinco, os grãos devem ser deixados de molho na água da noite para o dia. Isso reduz o teor de ácido fítico, elemento que reduz a absorção do mineral. Cerca de 50 gramas de gergelim fornecem a mesma quantidade de zinco (6,4 mg) presente nas 100 gramas de carne diárias recomendadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

Vitamina B12

A deficiência de vitamina B12 está associada a problemas de desenvolvimento cognitivo e sistema nervoso. Ela é encontrada em ovos e laticínios, mas Eric Slywitch defende o uso de suplementos. “As necessidades podem ser supridas com 60 a 70 gramas da maioria dos queijos ou com 250 ml de leite de vaca”, explica. Fórmulas infantis contêm a B12 e podem ser grandes aliadas da saúde da criança.

Cálcio

O déficit de cálcio pode prejudicar o crescimento e a formação adequada dos ossos, além de favorecer a osteoporose na vida adulta. “Neste caso, é fundamental enfatizar a ingestão de alimentos como a couve, brócolis, feijão branco, gergelim torrado, frutas secas, castanhas, tofu e melado de cana”, afirma a nutricionista Mariana Marchetti. Fórmulas de extrato de soja enriquecidas com vitaminais e minerais também ajudam a alcançar a quantidade de cálcio recomendada.

http://delas.ig.com.br/filhos/vegetarianismo+infantil+sem+riscos/n1596836048196.html






TEATRO INFANTIL

15/08/2010 - 16h22 / Atualizada 16/08/2010 - 00h11


                                             No mundo da mágica e do encantamento

GABRIELA ALBUQUERQUE - Enviada especial a Salto (SP)

"Aqui vai ter alguma coisas das princesas?" foi a pergunta que Sarah Gomes, de 5 anos, fez hoje quando entrou no teatro chamado Sala Palma de Ouro, em Salto (SP). Mas não, não ia ter nada de contos de fadas naquela hora. Em poucos minutos, o palco ia receber o espetáculo "Enquanto Houver Encanto", do artista Ricardo Malerbi, como parte da programação do 3º Festival de Teatro Infantil da cidade.

Mas a Sarah, que tinha acabado de chegar de Guarulhos com a mãe Lucelena Gomes e os irmãos gêmeos Lucas e Matheus, 8 anos, nem ficou chateada. Enquanto descia as escadas pra conseguir um lugar na primeira fila, ela explicou que gostava muito de princesas e da boneca Barbie, mas que também ia gostar de ver um espetáculo de mágica. "Acho que também vai ser legal ver umas mágicas hoje". E o espetáculo começou. Será que ia mesmo encantar?

Com 25 truques de mágica, um após o outro, o mágico em cena não diz nenhuma palavra durante toda a apresentação. A voz fica por conta da plateia, que o tempo todo faz questão de falar com ele: "ali atraááás", gritam pra mostrar onde estava a luz vermelha, que tinha desaparecido da cena, ou "joga, joga, joga!" quando ele ameaça jogar um pouco de água no público. Ele se mexe, brinca com luzes e se faz entender o tempo todo com gestos, caras e bocas e imitação de animais como macaco, tigre e cobra. Na hora da cobra, de uma das fileiras veio a frase, quase como um aviso de que tinha choro vindo por aí: "mãe, acho que estou ficando com bastante medo". Mas logo o medo passa. O mágico-cobra desce do palco e vai para a plateia interagir com a crianças, que parecem adorar e tentam encostar nele como podem.

Os irmãos Sarah, Lucas e Matheus com o mágico Ricardo Malerbi

Um pouco depois, um outro momento super legal acontece. Malerbi desce do palco e começa a tirar moedinhas do nariz, das orelhas e dos cabelos da criançada. A moeda da Sarah, que chegou falando das princesas, saiu da ponta do cabelo. "Você viu isso?", ela repetia com os olhos arregalados e sorriso no rosto. Todo mundo viu! Matheus, irmão dela, acabou indo pra cima do palco pra ter um monte de moedas saindo do nariz. "Essa foi a parte que eu mais gostei", revelou animado.

No final do espetáculo, Malerbi conversou com o UOL Crianças e disse que o mais legal de fazer mágica pra garotada é, justamente, ver como se encantam. "É muito legal ver o rosto das crianças na plateia", disse.

A Sarah, que chegou no teatro perguntando sobre as princesas, saiu dali encantada com tanta mágica. Um bom sinal de que enquanto houver encanto está tudo certo.

*Viagem a convite do Festival Infantil de Teatro de Salto (SP)